quarta-feira, 13 de julho de 2011

Etapas para criação de uma história em Quadrinhos

1- Personagens
São eles que conduzem os enredos. Os personagens têm vontades, dramas, conflitos, ironias. É por meio de suas falas e ações que as histórias são contadas.

2- Balões
Criados especificamente para as histórias em quadrinhos (HQs), os balões possuem vários tipos, sendo os principais: de fala, de pensamento de ira,de berro, de sussurro. Neles são escritos os pensamentos e as falas dos personagens. O desenho deles é bem variado, mas em geral os de fala possuem um "rabinho" em direção ao personagem falante.

3- Cenários
É nos cenários que as ações dos personagens acontecem. Há dois tipos de cenários, os internos (dentro de residências e outros prédios) e os externos (a rua, o espaço sideral, o céu)

4- Onomatopéias
São palavras ou junções de palavras que imitam a voz de animais ou ruídos de objetos.
Ex: BUUM!!! (explosão), CRI_CRI!! (grilo), TOC-TOC! (batendo à porta), TIC-TAC! (bater do relógio). Embora sejam outro elemento exclusivo da linguagem das HQs, as onomatopéias são passíveis de criação livre.

5- Recordatórios
É um tipo de balão usado específicamente para a narração. Não possuem "rabinho" em direção a personagens. Exemplos: "Enquanto isso..." e "No dia seguinte..."

6- Quadros
Eles delimitam o enquadramento das cenas de uma HQ. Podem ser variáveis em tamanho e formato, de acordo com a necesidade da cena a ser desenhada.


O que são contos populares?

            Os contos populares fazem parte de um universo cultural que tem como suporte a tradição oral de um povo, não sendo de fácil definição porque se confunde frequentemente com outros conceitos, como por exemplo a lenda e o mito. Mesmo assim, poderíamos dizer que um conto popular é um texto narrativo, curto, que procura deleitar, entreter ou educar o ouvinte, e que é geralmente de ficção. É um texto que tem uma origem anônima, faz parte da tradição oral de uma comunidade e reflecte os mais variados sentimentos da alma de um povo, os seus hábitos, usos, costumes, vícios e índole.

            Estrutura
Estes contos têm quase sempre uma estrutura muito simples e fixa. A própria fórmula inicial ("Era uma vez...") e final ("...e foram felizes para sempre.") revelam isso. Essa estrutura pode ser traduzida da seguinte forma:
 
  • Situação inicial;
  • A situação de equilíbrio inicial é destruída, o que dá origem a uma série de peripécias que só se interrompem com a presença de um ser com encantamentos;
  • Resolução dos conflitos.
Personagens
A caracterização das personagens é cheia de estereótipos: os heróis concentram em si os traços positivos, enquanto os vilões evidenciam todos os aspectos negativos da personalidade humana. Dessa maneira personifica-se o bem e o mal e manifesta-se insistentemente a vitória do primeiro sobre o segundo.

Tempo e espaço

A fórmula inicial ("Era uma vez..." ou outra equivalente) remete para o passado e, desse modo, funciona como um sinal de que se vai passar do mundo real para um mundo irreal, o mundo da fantasia, onde tudo é possível. Esse mergulho no imaginário termina com a fórmula final: "...e viveram felizes para sempre."

Ao longo do conto as indicações de tempo são sempre limitadas e vagas, não permitindo determinar com rigor a duração da ação ou a localização num contexto histórico preciso. O mesmo acontece relativamente ao espaço: um palácio, uma casa, uma fonte, uma floresta...

Simbologia

Os contos tradicionais estão carregados de simbologia: dizem mais do que parecem dizer. A manifestação mais evidente é a referência sistemática ao número três, símbolo da perfeição desde tempos imemoriais. Mas há maisexemplos: a rosa aparece como símbolo do amor puro e total, o beijo desperta e faz renascer, o herói quase sempre tem que enfrentar uma série de provas antes de alcançar seu objetivo etc.

Funções (importância) do conto

Em maior ou menor grau, o conto popular tinha as seguintes funções:
  • preencher os tempos de lazer;
  • propor aos ouvintes modelos de comportamento;
  • transmitir os valores do mundo próprios daquela sociedade.
            Resumindo podemos dizer que os contos tinham (têm) uma função de entretenimento e uma função educativa. Por um lado, constituíam uma das formas de ocupar os tempos livres, geralmente os serões, reforçando os laços de concivência entre os membros da comunidade e despertando a imaginação dos assistentes; por meio deles era possível compensar a dureza e a monotonia da vida quotidiana, fugindo para mundos distantes e vivendo papéis e situações empolgantes. Por outro, concediam aos mais velhos um instrumento privilegiado para levarem os mais novos a interiorizarem valores e comportamentos considerados corretos.